Um dos principais indicadores da atividade econômica de um país, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,9% nos primeiros três meses de 2023 em relação ao trimestre anterior, bem acima das expectativas projetadas.
O percentual foi divulgado nesta quinta-feira, 1/6, pelo IBGE.
Na comparação com o mesmo período de 2022, o crescimento foi de 4%.
Levando em conta o acumulado dos quatro últimos trimestres, a alta é de 3,3%.
Em valores reais, o PIB no primeiro trimestre de 2023 totalizou R$ 2,6 trilhões.
A taxa de investimento foi de 17,7% do PIB. Já a taxa de poupança foi de 18,1%, acima da taxa registrada no mesmo período de 2022 (17,4%).
TRIMESTRE ANTERIOR
Na comparação com o trimestre anterior, houve alta expressiva na Agropecuária (21,6%) e nos Serviços (0,6%) e estabilidade na Indústria (-0,1%).
Entre as atividades industriais, houve desempenhos positivos em Indústrias Extrativas (2,3%) e Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (1,7%).
A queda foi registrada em Construção (-0,8%) e Indústrias de Transformação (-0,6%).
Nos Serviços, houve crescimento em Transporte, armazenagem e correio (1,2%), Intermediação financeira e seguros (1,2%) e Administração, saúde e educação pública (0,5%), além de variações positivas no Comércio (0,3%) e Atividades imobiliárias (0,3%).
PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2022
Na comparação com os três primeiros meses de 2022, a Agropecuária cresceu 18,8%.
O resultado pode ser explicado pelo bom desempenho de produtos da lavoura com safra relevante no primeiro trimestre e pela produtividade.
A soja, principal cultivo, apresentou ganho de produtividade e crescimento expressivo na produção anual, estimada em 24,7%.
Com exceção do arroz (-7,5%), outras culturas com safra relevante nesse trimestre também apontaram crescimento na produção anual e ganho de produtividade, como milho (8,8%), fumo (3,0%) e mandioca (2,1%).
A Indústria subiu 1,9%.
As Indústrias Extrativas (7,7%) registraram o melhor resultado, sendo afetadas pela alta tanto da extração de petróleo e gás como de minério de ferro.
Houve destaque também na atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (6,4%) com a melhoria das condições hídricas.
A Construção (1,5%), por sua vez, teve sua décima alta consecutiva.
SETOR EXTERNO
As Exportações de Bens e Serviços apresentaram alta de 7,0%, enquanto as Importações de Bens e Serviços avançaram 2,2% no primeiro trimestre de 2023.
Dentre as exportações de bens, aqueles setores que com maior contribuição positiva foram: extração de petróleo e gás; produtos alimentícios; extração de minerais; derivados do petróleo e serviços.
Na pauta de importações de bens, a alta se deu principalmente por: derivados do petróleo; extração de minerais não metálicos; indústria automotiva e serviços.