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Esclerose Múltipla: Diversidade de sintomas iniciais pode dificultar diagnóstico

Somente no primeiro trimestre de 2024, os surtos relativos à doença geraram 1044 internações

31/05/2024 às 14h15 Atualizada em 01/06/2024 às 13h48
Por: Heleno Lima
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Esclerose Múltipla: Diversidade de sintomas iniciais pode dificultar diagnóstico
A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença autoimune, desmielinizante e neurodegenerativa, que afeta o Sistema Nervoso Central (SNC).
 
Sua diversidade de sintomas pode transparecer imediatamente sua gravidade ou se assemelhar a traços comuns e cotidianos fazendo o paciente a não buscar assistência durante meses e anos.
 
Somente no primeiro trimestre de 2024, os surtos relativos à doença geraram 1044 internações - queda de 6,8% ao registrado no mesmo período de 2023.
 
Apesar do caráter progressivo, os tratamentos disponíveis podem contribuir para a manutenção da qualidade de vida e controle das manifestações e avanço doença.
 
A Esclerose Múltipla apresenta maior incidência em pessoas do sexo feminino, fenótipo caucasiano e idade entre 20 e 50 anos, podendo gerar severo comprometimento no bem-estar da pessoa que convive com a doença.
 
Atualmente, estima-se que a EM atinja cerca de 40 mil pessoas no País, sobretudo da região sul.
 
Contudo, a ampliação do acesso ao diagnóstico tem contribuído para a identificação e tratamento mais precoces da doença.
 
A adesão às terapias nessas fases iniciais possibilita melhor controle de sintomas, redução de comorbidades e ampliação da qualidade de vida e potencial de autonomia.
 
Os potenciais impactos da EM no cotidiano de pacientes não precisa ser fator limitante para projetos pessoais e profissionais – incluindo o planejamento familiar e concepção.
 
Acometidas majoritariamente pela doença, as mulheres, quando assistidas em tratamento, se desejarem, podem engravidar sem a implicação de riscos para sua saúde ou do bebê.
 
Os atuais medicamentos disponíveis possibilitam a estabilização da doença. 
 
“É importante derrubarmos estigmas. O impacto da esclerose múltipla não pode ser definidor dos objetivos de vida. Com os cuidados médicos necessários, a realização da maternidade e paternidade pode ser compatível com o controle da doença”, comenta Tatiana Branco, diretora médica da Biogen Brasil.
 
A esclerose múltipla pode se manifestar por meio de variada gama de sintomas como neurite óptica (inflamação do nervo ótico); diplopia (visão dupla), paresia (fraqueza muscular), redução da mobilidade e coordenação, fadiga, dor crônica, disfunções cognitivo-comportamentais e outros.
 
As manifestações podem ocorrer de forma isolada ou combinada e ainda por meio de surtos ou ataques agudos – que podem seguir por redução ou desaparecimento espontâneo ou associado a medicações.
 
Transtornos depressivos têm prevalência de 36% e 54%, estando relacionados à redução da qualidade de vida, nas esferas pessoal, social e profissional.
 
Diagnóstico e Tratamento
 
Comumente, o diagnóstico de esclerose múltipla consiste na documentação de dois ou mais episódios sintomáticos, com duração superior a 24 horas, ausência de febre e ocorridos em momentos distintos, separados por período de no mínimo um mês.
 
Exames radiológicos e laboratoriais, em especial a ressonância magnética (RM) e exame do líquido cefalorraquidiano (LCR) podem complementar a avaliação diagnóstica. 
 
O manejo da Esclerose Múltipla, consiste na associação multidisciplinar de intervenções medicamentosas e não medicamentosas objetivando o controle da progressão da doença, minimizar a incapacidade e promover a qualidade de vida dos pacientes.
 
O tratamento pode envolver o trabalho conjunto de neurologista, enfermeiros, psicólogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e fonoaudiólogo, conforme as necessidades de reabilitação de cada paciente .
 
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