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Juazeirinho completa 67 anos de Emancipação Política nesta quinta-feira

As origens do município, no entanto, remontam ao ano de 1753, quando teve início o seu povoamento

25/07/2024 às 11h20 Atualizada em 26/07/2024 às 23h45
Por: Heleno Lima
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Juazeirinho PB, foto da assessoria da Prefeitura
Juazeirinho PB, foto da assessoria da Prefeitura

Por força da Lei 1.747, em 25 de julho de 1957, há exatos 67 anos, Juazeirinho se tornava um município independente politicamente de Soledade.

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Na atualidade, segundo o IBGE, com dados do senso de 2022, Juazeirinho tem 17.07 habitantes, com densidade demográfica de 35,83 habitantes por quilômetro quadrado.

Mas para chegar neste ponto, necessário se faz remontar ao passado, mais precisamente, em 1753, quando se tem notícias do início do povoamento deste município situado entre as micro-regiões do Cariri e do Seridó paraibano 

As terras onde é o município de Juazeirinho, pertenciam aos fazia Oliveira Ledo, que estavam fixados na região do Cariri paraibano, conforme prova os documentos da época.

Ana de Oliveira Ledo, irmã de Teodósio de Oliveira Ledo, foi morar na fazenda Joazeiro, em 1753, tendo construído uma grande casa, que mais parecia um palácio, de tão grande que era e serviu de março inicial para o povoamento do lugar.

A fazenda Joazeiro fica no sítio Ana de Oliveira, na divisa com Soledade e, na época, se destacava pela criação de gado.

Por está nas proximidades da BR-230, a região começou a ser habitada e foi construída uma espécie de pousada para abrigar os tropeiros, que transportava mercadorias em lombos de burros do Sertão à Campina Grande e vice-versa.

Em seguida, começaram a chegar outras famílias advindas de diversas regiões em busca de oportunidades.

Com isso, Juazeirinho começou a se destacar na produção agrícola, sua vocação até os dias atuais, com a criação de gado, caprino, ovino e suíno, além da exploração de grãos, especialmente, milho, feijão e algodão.

Desta forma, começa um movimento para que haja uma feira em Juazeirinho com o intuito de comercializar o excedente da produção, pois a feira de Soledade, realizada nas segundas, ficava há quatro léguas ou 24 quilômetros de distância.

A ideia pareceu boa aos olhos dos colonos e proprietários, que decidiram demandar um requerimento ao chefe político de Soledade, Claudino Alves da Nóbrega conhecido popularmente como Coronel Dino da Perna de Pau, que bancou a ideia e deu a autorização para o pleito.

Com o sim do Coronel Dino da Perna de Pau, a primeira feira de Juazeirinho, foi realizada no dia 4 de novembro de 1913, sendo essa a data oficial de fundação do município.

A feira se tornou sucesso imediato e a Vila Joazeiro se torna um importante entreposto de comércio da Paraíba, onde se realizavam transações de gado e algodão, além de outros produtos de gêneros alimentícios.

A partir daí, entabulou-se um intenso movimento em busca da independência política em relação a Soledade, fato que só viria a se concretizar, 43 anos mais tarde, com a decretação da Emancipação Política de Juazeirinho, em 25 de julho de 1957.

Desta forma, dar-se início as articulações para formação da administração pública do recém criado município.

Joventino Batista assume o Governo de transição para preparar as bases para a realização da primeira eleição juazeirinhense, fato que ocorreu em 1959, tendo como candidatos a prefeito, um experiente, influente e poderoso político, Severino Pascoal de Oliveira, representando a coligação PSD/PTB e, do outro, o jovem e advogado recém formado, Dr Genival Matias de Oliveira, candidato da UDN.

A disputa foi bastante acirrada, tendo Severino, com 846 votos, derrotado Dr Genival, que obteve 737 sufrágios.

A briga pela vice-prefeitura, foi mais apertada ainda, tendo Manoel Félix Barros, aliado de Severino, vencido com 792 escrutínios, contra 742 votos de Manoel Adelino de Lima, aliado de Dr Genival.

A primeira legislatura na Câmara Municipal, teve sete Vereadores eleitos:

Severino Matias de Oliveira - UDN - 173 votos,

Francisco Antônio da Nóbrega - PTB - 155 votos, 

Nilson Maximo de Oliveira - UDN - 150, votos,

Oscar Natanael - UDN - 105 votos,

Porfírio Elias da Cunha - PSD - 86 votos,

Francisco Cosme de Oliveira - PSD - 83 votos,

Antônio Colaço da Silva - PSD - 82 votos.

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