A ex-secretária de Desenvolvimento Econômico e Ciência e Tecnologia de Campina Grande, Laryssa Almeida, recebeu a solidariedade do vereador Napoleão Maracajá (PT), pelos ataques que ela sofreu nas redes sociais após anunciar apoio político no segundo turno ao médico Dr Jhony Bezerra (PSB), que concorre à Prefeitura contra o atual prefeito, Bruno Cunha Lima (União Brasil).
A declaração de apoio de Laryssa foi feita na semana passada, marcando seu rompimento com o grupo do prefeito.
Logo após o anúncio, Laryssa passou a ser alvo de ataques de internautas com elevados tons machistas, misóginos e sexistas.
Leia na íntegra, a manifestação de solidariedade do vereador:
“Na semana em que nossa amada Campina Grande chegou aos 160 anos de Emancipação Política, a nossa política partidária e eleitoral nos alerta para o quanto distantes estamos de uma emancipação republicana e democrática, quando está em jogo o respeito ao direito de escolha do outro.
Refiro-me ao episódio da ex-secretária municipal Laryssa Almeida, que anuncia afastamento do grupo político do prefeito e candidato Bruno Cunha Lima, e sua opção pela candidatura oposicionista do médico Jhony Bezerra, neste segundo turno da campanha eleitoral.
Os ataques desferidos em redes sociais contra Laryssa nos envergonham a todos, pelo que carregam de violência política e, na sua esteira, outras tantas formas de se destilar ódio contra pessoas e grupos, como é o caso, entre elas, da misoginia, do sexismo e do machismo.
Absurdas adjetivações dirigidas à ex-secretária por internautas descontentes com sua decisão mostram o terreno lodoso e insalubre por onde trafegamos em nossas caminhadas político-partidárias, ao tempo em que cremos, todos nós, habitarmos estágio ético e moral condizente com os largos 160 anos de independência política de nossa terra. Ledo engano.
Venho aqui trazer meu manifesto público de indignação e repúdio a essas práticas insuportavelmente deletérias do nosso ambiente, especialmente o ambiente digital, e minha irrestrita solidariedade à cidadã Laryssa Almeida, aviltada em seu legítimo e inalienável direito de pensar, escolher e decidir.
Os ataques contra Laryssa representam atentados ao direito de todos e todas por suas escolhas, e devemos expurgá-los com toda veemência, para que possamos ter um ambiente de debates minimamente habitável, e em nome da preservação da democracia”.