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Para presidente da OAB-PB, concessão de benefícios milionários a juízes é uma afronta as dificuldades enfrentadas pelo povo brasileiro

Harrison Targino se refere ao montante de R$ 230 milhões pagos aos juízes da Paraíba

08/03/2025 às 15h54 Atualizada em 10/03/2025 às 11h11
Por: Heleno Lima Fonte: Da redação com portais
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Para presidente da OAB-PB, concessão de benefícios milionários a juízes é uma afronta as dificuldades enfrentadas pelo povo brasileiro

Porta-voz de uma bandeira histórica da Ordem dos Advogados do Brasil, o presidente da OAB da Paraíba, Harrison Targino, defendeu nesta sexta-feira (7) que o Tribunal de Justiça do Estado e o Judiciário brasileiro coloquem em pauta com urgência a redução, ainda que gradativa, das elevadas custas judiciais e também a gratuidade para setores mais vulneráveis
da sociedade.

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A posição de Targino é uma reação à decisão surpreendente, tomada em tempo recorde, do TJPB de aceitar o pedido de concessão de benefícios aos juízes da Paraíba, que somam mais de R$ 230 milhões em pagamentos retroativos a título de compensação por acúmulo de acervo processual.

Há juízes que receberão quase R$ 1 milhão em benefícios.

Para o presidente da OAB, a decisão é uma afronta às dificuldades enfrentadas pela maioria da população brasileira, sobretudo no que diz respeito ao acesso ao Judiciária.

Na opinião de Harrison, antes de pensar em benefícios novos, é preciso ser justo com os cidadãos e cidadãs, que afinal são os que pagam pelo funcionamento dos poderes.

“Esta é uma oportunidade de o TJ enfrentar, com equilíbrio, determinação e coragem, a questão das altas custas processuais. Ao invés das recorrentes negativas, sempre sob o argumento de dificuldades financeiras, debater o assunto e chegar a uma decisão que leve em consideração o interesse coletivo, de toda a sociedade, e não apenas os interesses corporativos”, defende Targino.

“Se o argumento do TJ para não conceder gratuidade ou redução das custas sempre foi o de limitações financeiras, estes benefícios concedidos provam que não é bem assim, que é sim possível ir além e assumir uma postura nova, diferente, mais sintonizada com os interesses da cidadania, inclusive porque, bem ou mal, a parcela dos servidores favorecida com estes benefícios aprovados agora é já a mais bem remunerada no País”, ressalta.

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