Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que o adolescente de 14 anos apreendido nesta semana em Itapurena (RJ) executou a família com tiros na cabeça.
Os três corpos, encontrados no último sábado (21) — sendo do pai, de 45 anos, da mãe, de 37 anos, e do irmão, de 3 anos — dentro de uma cisterna na casa da família, apresentavam ferimentos compatíveis com disparos de arma de fogo.
A Polícia Civil (PC) descartou a hipótese de morte por afogamento.
Na manhã desta sexta-feira (27), o menor foi transferido para uma unidade socioeducativa localizada entre Campos dos Goytacases e São Fidélis, no Norte Fluminense.
A apreensão ocorreu na última quinta-feira (25/6), após o adolescente confessar o triplo homicídio.
De acordo com as investigações, os assassinatos foram premeditados.
O jovem esperou os pais dormirem, pegou uma arma que o pai guardava sob a cama — registrada no nome dele por ser CAC (Colecionador, Atirador, Caçador) — e disparou contra a família. Depois dos tiros, usou produtos químicos para arrastar os corpos até a cisterna.
crimes podem ter sido motivados por questões financeiras e familiares.
Segundo a PC o adolescente pesquisou na internet como poderia acessar os R$ 33 mil de FGTS deixados pelo pai, dinheiro que pretendia usar para viajar até o Mato Grosso para encontrar uma garota de 15 anos, com quem se relacionava virtualmente.
A jovem foi ouvida pela polícia na quinta-feira (26), mas o conteúdo do depoimento não foi divulgado.
O adolescente também mentiu a parentes nos dias seguintes ao assassinato, dizendo que os pais haviam levado o irmão a um hospital após o menino engolir um caco de vidro.
Após buscas frustradas por registros em hospitais da região, procuraram a polícia para prestar queixa do desaparecimento.
Foi quando os policiais decidiram ir até a casa da família para realizar perícia e sentiram um forte odor. Com apoio do Corpo de Bombeiros, encontraram os corpos na cisterna.
Ele deve responder por ato infracional análogo a triplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Os policiais investigam uma possível psicopatia no garoto.